LP Bossa Nova / Título da música: Rapaz De Bem / Johnny Alf (Compositor) / Carlos Lyra (Intérprete) / Gravadora: Philips / Ano: 1960 / Nº Álbum: P 630.409 L / Lado A / Faixa 4 / Gênero musical: Bossa Nova.
F7+ Bb7/9 F7+
Você bem sabe, eu sou um rapaz de bem
Am7 D7/9- Gm7
E a minha onda é do vai e vem
A7/13 D6/9 F#7/5+ Bm7
Pois co'as pessoas que eu bem tratar
E7/9 Am7 D7/9-
Eu qualquer dia posso me arrumar
Gm7 C7/9- F7+
Vê se mora
Bb7/9 F7+
No meu preparo intelectual
Am7 D7/9- Gm7
É no trabalho a pior moral
A7/13 D6/9 F#7/5+ Bm7
Não sendo a minha apresentação
E7/9 Am7 D7/9-
O meu dinheiro só de arrumação
Gm7 C7/9 Fm7 Dº
Eu tenho casa, tenho comida
Ebm7/9 Ab7 Db6 Db7 Db7+
Não passo fome, graças a Deus
Dm7/9 G7/13 Em7 Ebº Dm7
E no esporte eu sou de morte
G7/13 Gm7 C7/9-
Tendo isso tudo eu não preciso de mais nada
F7+
É claro!
Bb7/9 F7+
Se a luz do sol vem me trazer calor
Am7 D7/9- Gm7
E a luz da lua vem trazer amor
A7/13 D6/9 D7/9- Gm7
Tudo de graça a natureza dá
C7/9 Gb7+
1ª) Pra que que eu quero trabalhar
C7/9 Abm7
2ª) Pra que que eu quero
Db7/9 Gm7
Pra que que eu quero
C7/9 Gb7+ F7+
Pra que que eu quero trabalhar
LP 10' Convite Ao Romance / Título da música: O Que É Amar / Johnny Alf (Compositor) / Mary Gonçalves (Intérprete) / Trio As Moreninhas (Partic.) / Lyrio Panicali (Direção) / Gravadora: Sinter / Ano: 1953 / Nº Álbum: SLP 1008 / Lado A / Faixa 3 / Gênero musical: Samba-canção.
D# A#7
É só olhar,
D#7+ Dº Cm Gm Cm
depois sorrir, depois gostar
C7 F# Fº G5+
Você olhou, você sorriu, me fez gostar
Cm
Quis controlar meu coração
G7+ Gm C6
Mas foi tão grande a emoção
F7 Dm7 G4 C Fm C5+/9-
De sua boca ouvi dizer "quero você"
D#7+ Cm Fm
Quis responder, quis lhe abraçar
A# D#7+ Fm Gm G5+
Tudo falhou
A#m7 F#7/9 G#7+ Gm7
Porém você me segurou e me beijou
Cm C#
Agora eu posso argumentar
Dm7 Gm7
Se perguntarem o que é amar
C#m Cm Fm A# D#7+
É só olhar, depois sorrir, depois gostar
LP O Encanto E A Voz De Anna Lúcia / Título da música: Ilusão À Toa / Johnny Alf (Compositor) / Ana Lúcia (Intérprete) / Gravadora: Philips / Ano: 1961 / Nº Álbum: P 630.443 L / Lado A / Faixa 6 / Gênero musical: Samba-canção.
Tom: Dm
Intro: G7/13DmG7Db7+C/Db
Eu acho engraçado quando um certo alguém
Db7/9
Se aproxima de mim
A5-/7/9 Abm7Bb7/9+EbmC7/9-
Trazendo exuberância que me extasia
FmCm7/9FmCm7/9
Meus olhos sentem, minhas mãos transpiram
FmG5+/7Cm
É um amor que guardo há muito dentro em mim,
G7Cm
dentro em mim
F7/9-Bbm7Eb7/9-Abm7Am7A5+/7
E é a voz do coração que canta assim, assim
DmG7C7+
Olha, somente um dia longe dos teus olhos
Bm5-/7E7/9-Am
Trouxe a saudade de um amor tão perto
F#m5-/7B7EmA4/7A5+/7
E o mundo inteiro fez-se tão tristonho
C/DD7/9DmG7C7+F7/9
Mas embora agora eu te tenha perto
B7/9+E7/9-AmD7/9
Eu acho graça do meu pensamento
F#5+/7B7/9-Abm7
A conduzir o nosso amor discreto
C7/9-F7+F#m5-/7B7/9-E7+
Sim, amor discreto pra uma só pessoa
Em5-/7A5+/7E7+Dm
Pois nem de leve sabes que eu te quero
Bb7Db7/9C7+
E me apraz essa ilusão à toa
Ab/BbBb5+/7Eb7Eb/FF7/9-Bb7+Gb/AbD7/9Ab/BbC7+
Obra encomendada para o casamento de um amigo do autor, esta romântica balada foi uma das concorrentes do III Festival de MPB da Record. Não teve sorte, porém, pois os jurados não se impressionaram com a sua beleza, nem com a boa interpretação da cantora Márcia ou com o arranjo de José Briamonte, desclassificando-a para as finais.
Mesmo assim, “Eu e a Brisa” foi aos poucos se impondo e ganhando prestígio para se tornar a mais solicitada e gravada canção de Johnny Alf (“Ah, se a juventude que essa brisa canta / ficasse aqui comigo mais um pouco / eu poderia esquecer a dor / de ser tão só! pra ser um sonho...”). E seu destino inicial acabou sendo cumprido: vetada pelo padre oficiante do casamento do amigo de Alf, tornou-se uma de nossas composições frequentemente executadas nessas cerimônias (A Canção no Tempo – Vol. 2 – Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello – Editora 34).
LP III Festival Da Música Popular Brasileira - Vol. 1 / Título da música: Eu E A Brisa / Johnny Alf (Compositor) / Márcia (Intérprete) / José Briamonte (Acomp.) / Orquestra (Acomp.) / Gravadora: Philips / Ano: 1967 / Nº Álbum: R 765.014 L / Lado A / Faixa 5 / Gênero musical: Canção / Balada / MPB:
E6/9Am6/EE6/9
Ah ,se a juventude que essa brisa canta
Bm7E7(b9)A7MC#m7
Ficasse aqui comigo mais um pouco, Eu poderia
F#7(#5)B7M
esquecer a dor
B7/4/9G#m7C#m7
De ser tão só Pra ser um sonho,
Am7D7/9E7M
Eu aí então quem sabe alguém chegasse,
Bm7E7(b9)D#m7D7/9
Buscando um sonho em forma de desejo
F#7/4F#7D#m7G#m7F7(#9)
Felicidade então pra nós seria! EE7MA#m7D#7(b9)G#m7G#m/F#
Depois que a tarde nos trouxesse a lua,
E#m7(5b) A#7/9D#m7D#m/C#
Se o amor chegasse eu não resistiria,
C7(#9)B7/9(#11)A#m7B7/4(9)B7(b5)
E a madrugada acalentaria a nossa paz
G#m7Am7D7(b9)G7MF7M
Fica, Oh! brisa, fica pois talvez quem sabe,
E7/4(9)E7/9A7MD7/9
O inesperado faça uma surpresa
C#m7F#7(b5)B7M
E traga alguém que queira te escutar
B7/4(9)E7MF#m7
E junto a mim Queira ficar...
G#m7A7/9G#7M
(Bem junto a mim queira ficar...)
Disco 78 rpm / Título da música: De cigarro em cigarro / Bonfá, Luiz, 1922- (Compositor) / Ney, Nora, 1922-2003 (Intérprete) / Cópia (Acompanhante) / Orquestra (Acompanhante) / Imprenta [S.l.]: Continental, 1953 / Nº Álbum: 16726 / Gênero musical: Samba canção.
Am -----F------- Am -------------F --------Am
Vivo só, sem você / E não posso esquecer --------Am/C ------Dm -----A7 -----Dm
Um momento sequer ----------Dm/C ----E7 -------F ----------E7
Vivo pobre de amor / À espera de alguém -------------------------Am----- E7 -----Am
Esse alguém não me quer
-----------Bb7 ------A7 -----Em7/-5 -----A7
Vejo o tempo passar / E o inverno chegar ------------------Dm------ A7
Só não vejo você
Dm------------ G7 -----------C------- Am------ E7
Se outro alguém em meu quarto bater ------------------Am------ E7/5+ ------Am
Eu não vou atender
-----------G7------ C----------- Am------ Dm
Muitas noites perdi / Muitas noites passei ----------G7 -------C --------G7
Sem poder esquecer
C --------------------B7
De cigarro em cigarro olhando a fumaça ----------------E7----- F----- E7
No ar se perder
"Voltei", lançado em 1960, é o sétimo álbum de Maysa já influenciado pela bossa nova em algumas faixas como "Meditação" e "Cheiro de Saudade" e os clássicos sambas-canções. A capa traz uma combinação do antigo (uma foto em preto e branco da cantora) e do novo (o nome do álbum grafado em letras modernas para a época).
O título do álbum está relacionado com a volta da cantora à vida normal, após um tratamento à base de antidepressivos e uma desintoxicação alcoólica. Foi uma temporada de um mês no hospital, por causa de uma crise de pressão baixa, causada pela ingestão de uísque combinada com comprimidos para dormir. Maysa voltava agora mais bela, magra e sentindo-se bem.
Duas canções neste disco eram assinadas por ela: o samba-canção "Voltei" e o sambinha positivo "Vem Comigo", escrito enquanto estava no hospital. Um dos maiores sucessos do álbum foi o bolero "Cantiga de Quem Está Só", que se manteve nas paradas por três meses. Três discos 78 rpm do mesmo ano continham canções do álbum: o primeiro traz “Voltei” e “Vem Comigo”, o segundo “Solidão” e “Cheiro de Saudade” e o terceiro “Alguém Me Disse” e “Meditação”. O compacto duplo "Com Carinho de Maysa" contém “Cheiro de Saudade” e Meditação” no lado A e “Solidão” e “Dindi” no lado B (Fonte: Wikipédia).
Voltei (1960) - Maysa e Enrico Simonetti - Intérprete: Maysa
LP Voltei / Título da música: Voltei / Maysa (Compositora) / Enrico Simonetti (Compositor) / Maysa (Intérprete) / Simonetti (Acomp.) / Orquestra RGE (Acomp.) / Gravadora: RGE / Ano: 1960 / Nº Álbum: XRLP 5078 / Lado A / Faixa 4 / Gênero musical: Samba-canção.
Meu verso sempre tão triste Volta pedindo desculpas Pelo triste que causou Meus olhos tantas vezes decantados Inda mais desencantados Voltam triste ao que deixou
E tudo recomeça novamente Eu me entrego docemente E a tristeza eu me dou Voltei, com meus olhos Com meu verso e a todos eu peço Que me aceitem como sou Com meu verso sempre triste Com meus olhos desencantados Sendo sempre como sou
Voltei, com meus olhos Com meu verso e a todos eu peço Que me aceitem como sou Com meu verso sempre triste Com meus olhos desencantados Sendo sempre como sou
Meu verso sempre tão triste Volta pedindo desculpas Pelo triste que causou
Último samba de estilo tradicional a vencer no carnaval, “Tristeza” foi também o último sucesso, aliás póstumo, de Haroldo Lobo (morto em julho de 65), um dos mais férteis e premiados compositores carnavalescos. Originalmente um extenso samba do então iniciante Niltinho (Nilton de Souza), “Tristeza” seria remontado por Haroldo, que lhe deu o toque profissional, reduzindo-lhe o tamanho e enxertando-lhe alguns compassos de uma antiga melodia de sua autoria.
Daí resultou um belo samba, ao mesmo tempo vibrante e sentimental, que o povo consagrou: “Tristeza / por favor vai embora / minha alma que chora / está vendo o meu fim...” Lançado por Ari Cordovil, teria a sua gravação marcante na interpretação registrada ao vivo por Jair Rodrigues, no já citado programa “O Fino da Bossa”. Essa gravação antecederia dezenas de outras, inclusive no exterior, onde “Tristeza” ganhou uma versão em inglês, de Norman Gimbel, com o título de “Goodbye Sadness”. Seu sucesso foi tão grande que Niltinho passou a ser chamado de Niltinho Tristeza (A Canção no Tempo – Vol. 2 – Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello – Editora 34).
LP Dois Na Bossa Número 2 - Elis Regina e Jair Rodrigues / Título da música: Tristeza / Haroldo Lobo (Compositor) / Niltinho Tristeza (Compositor) / Jair Rodrigues (Intérprete) / Gravadora: Philips / Ano: 1966 / Álbum: P-632.792-L / Lado A / Faixa 3 / Gênero musical: Samba.
Introd.: A6D7+Dm6C#m7F#7/9B7/13E7/9A6A7+A6
Tristeza
A#°Bm7
Por favor vai embora
C°C#m7Bm7
Minha alma que chora
E7/9A7+A6
Está vendo o meu fim
A7D7+
Fez do meu coração a sua moradia
Dm6G7/9C#7/13C#5+/7
Já é demais o meu penar
F#7/9F#7/b9B7/13B5+/7
Quero voltar aquela vida de alegria
E7/9E7/b9A7+A6
Quero de novo cantar
D7+
Lá, rá, lá, rá
Dm6C#m7
Lá, rá, lá, rá, lá, rá, rá
F#7/9B7/13
Lá, rá, lá, rá, lá, rá, rá
E7/9A6
Quero de novo cantar
LP 10' Convite Para Ouvir Maysa / Título da música: Resposta / Maysa (Compositora) / Maysa (Intérprete) / Gravadora: RGE / Ano: 1956 / Nº Álbum: RLP 013 / Lado B / Faixa 2 / Gênero musical: Samba-canção.
Ninguém pode calar dentro em mim Esta chama que não vai passar É mais forte que eu E não quero dela me afastar
Eu não posso explicar quando foi E nem quando ela veio E só digo o que penso, só faço o que gosto E aquilo que creio
Se alguém não quiser entender E falar, pois que fale Eu não vou me importar com a maldade De quem nada sabe E se alguém interessa saber Sou bem feliz assim Muito mais do que quem já falou Ou vai falar de mim
Se alguém não quiser entender E falar, pois que fale Eu não vou me importar com a maldade De quem nada sabe E se alguém interessa saber Sou bem feliz assim Muito mais do que quem vai falar Ou já falou de mim
Em meados de 56, Vinícius de Moraes estava com a peça "Orfeu da Conceição" pronta, faltando somente conseguir um compositor para musicá-la e, se possível, orquestrá-la. Achava Vinicius que o nome ideal para a tarefa seria o de Vadico (Osvaldo Gogliano), parceiro de Noel Rosa que, convidado não aceitou.
Atendendo, então, a uma sugestão do crítico musical Lúcio Rangel, o poeta convidou Antônio Carlos Jobim, na época um jovem compositor e arranjador ainda pouco conhecido.
Começava assim a parceria Tom/Vinicius, uma das mais importantes da música brasileira, juntando o talento de um grande músico ao de um poeta consagrado e que deu como primeiro fruto "Se Todos Fossem Iguais a Você". Romântica, requintada, até com uma certa tendência para o monumental, "Se Todos Fossem Iguais a Você" é a melhor composição do repertório criado para a peça. Lançada por Roberto Paiva no final de 56 chegaria ao sucesso no ano seguinte, quando recebeu várias outras gravações.
Se todos fossem iguais a você (samba-canção, 1957) - Tom Jobim e Vinícius de Moraes - Intérprete: Maysa
Disco LP 10 pol 33 1/3 rpm / Título da música: Se todos fossem iguais a você / Jobim, Antônio Carlos (Compositor) / Moraes, Vinícius de (Compositor) / Maysa (Intérprete) / Imprenta [S.l.]: RGE, 1957 / Nº Álbum RLP-0015 / Gênero musical: Samba-canção.
Tom: D7+
D7M E/D
Vai tua vida, teu caminho é de paz e amor
D7M G7M
A tua vida é uma linda canção de amor
C#m5-/7 F#7 B6/7 B5+/7 Em7
Abre os teus braços e canta a última esperança
Gm7 F7M F#m7 B5+/7 Am7 D7
A esperança divina de amar em paz
G7M F#m5-/7 B5+/7 Em7 Dm7 G7
Se todos fossem iguais a você
C7M Bm7 E7 Am7
Que maravilha viver
C/D G7M
Uma canção pelo ar, uma mulher a cantar
C#m5-/7 F#7 Bm7 Am7
Uma cidade a cantar, a sorrir, a cantar, a pedir
D7 G7M F#m5-/7 B5+/7
A beleza da amar como o sol,
Em7 Dm7 G7
como a flor, como a luz
C7M Dm7 G7 C7M
Amar sem mentir, nem sofrer
C#m5-/7 Cm7 G/B Gm/Bb
Existiria verdade, verdade que ninguém vê
Am7 C/D G7M
Se todos fossem no mundo iguais a você
A Canção no Tempo - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Vol. 1 - Editora 34
"Convite Para Ouvir Maysa" foi o primeiro álbum gravado pela cantora Maysa. Tudo começou em 1956, quando Alcebíades Monjardim, pai de Maysa, convidou Zezinho e Côrte Real, após uma noitada na boate Oásis, para passar em sua casa e escutar sua filha cantar. Admirado com o talento da moça, Côrte Real, que havia apresentado o cantor Roberto Carlos mais tarde ao Brasil, a propôs a gravar um disco.
Esse álbum que seria gravado após o nascimento do filho de Maysa, por exigência de André Matarazzo, seu marido, não apresentaria na capa a foto dela. No lugar apareciam orquídeas orvalhadas sobre um cartão com o “Convite Para Ouvir Maysa”. Outra exigência de André era que Maysa não se apresentasse como cantora profissional e que todos os lucros que o álbum rendesse fossem doados ao Hospital do Câncer. Tudo isso por que naquela época cantoras de rádio não eram bem vistas pela sociedade e André não queria macular o nome da sua família.
O disco traz oito sambas-canções, todos compostos por Maysa. “Adeus”, inclusive, foi composta quando ela tinha apenas 12 anos de idade. “Marcada”, a primeira música do álbum, introduz o pessimismo, uma característica que aparece com frequência em canções de toda a sua carreira. “Tarde Triste” e a autobiográfica “Resposta” tornaram-se sucessos da cantora. (Fonte: Wikipédia)
LP O Amor Sorriso E A Flor / Título da música: Outra Vez / Tom Jobim (Compositor) / João Gilberto (Intérprete) / Gravadora: Odeon / Ano: 1960 / Nº Álbum: MOFB 3151 / Lado B / Faixa 6 / Gênero musical: Bossa Nova.
Tom: D13
Intro:Cmaj7 G7/-5 Cmaj7 G7/-5 Cmaj7
D13/-9 Dm7 Fdim Em7
Outra vez sem você,
Ebdim Dm7 Gdim Fmaj7
outra vez sem amor
Fm6 Em7 Ebm7
Outra vez vou sofrer,
Dm7 Dbmaj7 Cmaj7 G7/-5 Cmaj7
vou chorar, até você voltar
D13/-9 Dm7 Fdim Em7
Outra vez vou vagar,
Ebdim Dm7 Gdim Fmaj7
por aí pra esquecer
Fm6 Em7 Ebm7 Dm7
Outra vez vou falar mal do mundo,
Dbmaj7 Cmaj7 D13/-9 Ebdim B7/+5 B7 Em7
até você voltar
Dbm7/-5 Cdim Bm7
Todo mundo me pergunta, porque ando triste assim
Bbdim Am7
Ninguém sabe o que é que eu sinto,
Adim Gmaj7
com você longe de mim
G6 Dm7 G7 Cmaj7
Vejo o sol quando ele sai, vejo a chuva quando cai
Bbmaj7 Abmaj7 Bbmaj7
Tudo agora é só tristeza,
Dm7 G#m6 G#dim Cmaj7
traz saudade de você
D13/-9 Dm7 Fdim Em7
Outra vez sem você,
Ebdim Dm7 Gdim Fmaj7
outra vez sem amor
Fm6 Em7 Ebm7 Dm7
Outra vez vou falar mal do mundo,
Dbmaj7 Cmaj7 G7/-5 Cmaj7
até você voltar,
Dbmaj7 Cmaj7
Até você voltar
Uma jovem senhora da sociedade que sabia cantar e compor muito bem... Eis aí um fenômeno raro em nossa música popular, o fenômeno Maysa, uma das mais gratas revelações artísticas dos anos cinqüenta. Levada, pelo produtor Roberto Corte Real, das festas grã-finas para os estúdios de gravação, Maysa se tornou imediatamente conhecida em todo o país, cantando o samba-canção "Ouça", o grande sucesso de sua carreira.
Embora capaz de interpretar os mais variados tipos de música, nacional ou estrangeira, foi nas canções de amores sofridos, como "Ouça", que ela melhor se realizou artisticamente. A exemplo de Carmen Miranda, no estabelecimento da gravadora Victor no Brasil, Maysa foi a estrela que impulsionou as vendas da então iniciante RGE, de José Scatena, ajudando ainda a tornar conhecido um elenco no começo de carreira.
Disco 78 rpm / Título da música: Ouça / Maysa, 1936-1977 (Compositor) / Maysa, 1936-1977 (Intérprete) / Orquestra RGE (Acompanhante) / Puglielli, Rafael (Acompanhante) / Matarazzo, Maysa (Intérprete) / Imprenta [S.l.]: RGE, 1956-1957 / Nº Álbum 10047 / Gênero musical: Samba canção.
Tom: G
G Em7 Am7/9 D7/5+
Ouça, vá viver a sua vida com outro bem
G7+ Em7 Am7 D7/9
Hoje eu já cansei de pra você não ser ninguém
G7+ A7 D7/9 D7
O passado não foi o bastante para lhe convencer
Am7 A6/7 D11 D7/9-/12-
Que o futuro seria bem grande só eu e você
G Em7
Mas quando a lembrança
Am7/9 D7/5+
Com você for morar
G7+ Em7
E bem baixinho
Am7 D7/9
De saudade você chorar
G7+ Dm7 G7/5+
Vai lembrar que um dia existiu
C7+ F7/9
Um alguém que só carinho pediu
Bm7 E7/9- Am7
E você fez questão de não dar
D7/9- G
Fez questão de negar
A Canção no Tempo - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Vol. 1 - Editora 34
LP 10' Maysa / Título da música: O Que / Maysa (Compositora) / Maysa (Intérprete) / Rafael Puglielli (Acomp.) / Orquestra RGE (Acomp.) / Gravadora: RGE / Ano: 1957 / Nº Álbum: RLP 015 / Lado B / Faixa 1 / Gênero musical: Samba-canção.
O que que eu estou procurando
No vago aflita olhando?
De canto em canto buscando
O que?
De noite a lua assiste
Que eu fico ainda mais triste
E saio pra rua andando
Procurando mas o que?
Talvez se um dia eu achasse
O mundo depressa tirasse
E eu não conseguisse nem ver
Mas o que?
Que eu estou procurando
No vago aflita olhando
De canto em canto buscando
O que?
Disco 78 rpm / Título da música: O nosso olhar / Ricardo, Sérgio (Compositor) / Maysa, 1936-1977 (Intérprete) / Orquestra RGE (Acompanhante) / Imprenta [S.l.]: RGE, Junho/1959 / Nº Álbum 10159 / Lado B / Gênero musical: Samba canção.
Introdução: Em5-/7 Edim Dm7/9 G7/13-
Em5-/7 Edim Dm7/9 G7/13-
Em5-/7 Edim A7
Viu, quanta coisa linda
A7/9- Dm7
Você e eu sentimos
Bm5-/7 E7/13- Am9
Sob este luar dentro do silêncio
F7M Eb7/9+ D7/9+
Que a noite fazia pelo nosso amor
Em5-/7 Edim A7
Viu, como nossos olhos
A7/9- Dm7
Foram se entregando
Bm5-/7 E7/13- Am9
E se integraram na linguagem pura
F7M Eb7/9+ D7/9+ D6/9 Gm6 C7/9 C7/9-
Que os olhos ditam pelo coração
F7M D7/9 G7/5+ F7M Em6
Viu, como o mundo inteiro ficou pequeno
Am7 Gm7 A7/9 Dm7/9
E em nossas mãos virou veneno
G7/13 Fm6 G7 C4/7/9 C7/9- Gm7/9 A7/9
Que a noite bebeu pelo nosso amor
Dm7 Dm5-/7 Bb7/11+ Bb/Ab C7M
Viu, como basta pouco para amar-se muito
Am7 Gm6 A7/9- Dm7/9
Um luar bonito, uma noite quieta
G4/7/9 Fm7 C6
E o olhar tão puro, desse nosso olhar
Samba-canção sub intitulado "Dá-me, Senhor", assinado por Dolores Duran com o pseudônimo de Durando. A gravação de Maysa saiu em maio de 1959 pela RGE, no LP "Convite Para Ouvir Maysa nº 4" e no 78 rpm 10157-B, matriz RGO-1093. Houve também gravações por Roberto Audi e Ted Moreno (Samuel Machado Filho, no Youtube).
Noite de Paz (samba-canção, 1958) - Dolores Duran - Interpretação: Maysa
LP Convite Para Ouvir Maysa nº 4 / Título da música: Noite de Paz (Dá-me, Senhor) / Dolores Duran (Compositora) / Maysa (Intérprete) / Gravadora: RGE / Ano: 1959 / Nº Álbum: XRLP 5045 / Lado A / Faixa 3 / Gênero musical: Samba-canção.
Dai-me, Senhor, uma noite sem pensar Dai-me, Senhor, uma noite bem comum Uma só noite em que eu possa descansar Sem esperança e sem sonho nenhum.
Por uma só noite assim posso trocar O que eu tiver de mais puro e mais sincero Uma só noite de paz Pra não lembrar Que eu não devia esperar E ainda espero !!!!
Ne Me Quitte Pas (1961) - Jacques Brel - Intérprete: Maysa
LP Maysa / Título da música: Ne Me Quitte Pas / Jacques Brel (Compositor) / Maysa (Intérprete) / Gravadora: RCA Victor / Ano: 1966 / Nº Álbum: BBL 1363 / Lado B / Faixa 1.
Em Em/D
Ne me quitte pas il faut oublier
C7+ Am7
Tout peut s'oublier qui s'enfuit déjà
C/D D7
Oublier le temps des malentendus
G7+
Et le temps perdu à savoir comment
C7+ B7
Oublier ces heures qui tuaient parfois
Em Em/D
A coups de pourquoi le coeur du bonheur
B7/11 B7
Ne me quitte pas, ne me quitte pas
Em B7 Em
Ne me quitte pas
E/D C7+
Moi je t'offrirai des perles de pluies
B7 Em
Venues du pay où il ne pleut pas
Je creuserai la terre jusqu'après
C7+
Ma mort
D G7+
Pour couvrir ton corps d'or el de lumière
Em F
Je ferai un domaine où l'amour sera roi
B7 Em
Où l'amour sera loi où tu seras reine
G Am9
Ne me quitte pas, ne me quitte pas
B7/11 B7 Em
Ne me quitte pas
Em Em/D
Ne me quitte pas je t'inventerai
C7+ Am7
Des mots insensés que tu comprendras
C/D D7
Je te parlerai de ces amants là
G7+
Qui ont vu deux fois leur coeur s'embraser
C7+ B7
Je te racontrai l'histoire de ce roi
Em
Mort de n'avoir pas pu te rencontrer
B7/11 B7
Ne me quitte pas, ne me quitte pas
Em B7 Em
Ne me quitte pas
E/D C7+
On a vu souvent rejaillir le feu
B7 Em
D'un ancien volcan qu'on croyat trop vieux
C7+
Il est parait-il des terres brulées
D G7+
Donnant plus de blé qu'un meilleur avril
Em F
Et quand vient le soir pour qu'un ciel flamboie
B7 Em
Le rouge et le noir ne s'épousent-ils pas
B7/11 B7 Em
Ne me quitte pas, ne me quitte pas
Em/D C7+
Je ne vais plus pleurer, Je ne vais plus parler
Am7 C/D D7
Je me cachereai là a te regarder danser et sourire
G7+
Et à t'écouter chanter, écouter rire
C7+ B7
Laisse moi devenir l'ombre de ton ombre
Em E/D
L'ombre de ta main, l'ombre de ton chien
B7/11 B7
Ne me quitte pas, ne me quitte pas
Em
Ne me quitte pas
Molambo (samba-canção, 1956) - Meira (Jayme Florence) e Augusto Mesquita - Intérprete: Roberto Luna
Disco 78 rpm / Título da música: Molambo / Mesquita, Augusto (Compositor) / Florence, Jaime (Compositor) / Luna, Roberto (Intérprete) / Coro (Acompanhante) / Paes, Luiz Arruda (Acompanhante) / Orquestra (Acompanhante) / Imprenta [S.l.]: Odeon, 28/11/1955 / Nº Álbum 13977 / Gênero musical: Samba canção.
Dm Fm G7
Eu sei que vocês vão dizer
C7M Dm Em A7
Que é tudo mentira, que não pode ser
Dm D7 G7
Porque depois de tudo que ela me fez
Gm7 A7
Eu jamais deveria aceitá-la outra vez
Dm E7
Bem sei que assim procedendo
Am B7
Me exponho ao desprezo de todos vocês
E Db7 Gbm B7
Lamento, mas fiquem sabendo
E G7
Que ela voltou e comigo ficou
Dm Fm G7
Ficou pra matar a saudade
C7M Dm Em A7
A tremenda saudade que não me deixou
Dm D7 G7
Que não me deu sossêgo um momento sequer
Gm7 A7
Desde o dia em que ela me abandonou
Dm Fm
Ficou pra impedir que a loucura
Em A7
Fizesse de mim um molambo qualquer
Dm G7
Ficou desta vez para sempre
C
Se Deus quiser
Meu mundo caiu (samba-canção, 1958) - Maysa - Intérprete: Maysa
Disco 78 rpm / Título da música: Meu mundo caiu / Matarazzo, Maysa (Compositor) / Matarazzo, Maysa (Intérprete) / Simonetti, Enrico (Acompanhante) / Orquestra RGE (Acompanhante) / Imprenta [S.l.]: RGE, Indefinida / Nº Álbum 10083 / Gênero musical: Samba canção.
B7 Em
Meu mundo caiu
D7 G
E me fez ficar assim
B7
Você conseguiu e agora
E7
Diz que tem pena de mim
Não sei se me explico bem
Am
Eu nada pedi
D7
Nem a você, nem a ninguém
G B7
Não fui eu que caí
Em
Não sei se você me entendeu
D7 G
Sei também que não vai se importar
Gbm7/-5 B7 Em
Se meu mundo caiu
B7 Em
Eu que aprenda a levantar
Antecedendo em alguns meses a versão de João Gilberto, que imprimiu à canção sua marca definitiva, “Meditação” seria gravada com sucesso por Isaura Garcia. Embora acompanhada pelo conjunto do marido, Walter Wanderley, um músico avançado que participaria em 61 do terceiro elepê do João, não havia na interpretação de Isaurinha a menor conotação de bossa nova. Era, isto sim, totalmente coerente com a personalidade da cantora (o álbum chamava-se Sempre personalíssima) de sotaque ítalo-paulistano, mas, que, em compensação, exibia um extraordinário senso de divisão, incomum para quem nascera no Brás. Além do mais era passional ao extremo, o que até justifica o “ai-ai-ai” que ela comete depois do verso “e tanto que seu pranto já secou...”.
Assim se entende por que sua interpretação seria praticamente o oposto da do João, a partir do andamento, mais rápido. Com um acompanhamento de cordas, um piano discreto, um trombone — na introdução que se tornaria clássica — e uma flauta — apenas na segunda parte e no final —, a versão do cantor dá bem um exemplo da economia que caracterizou a bossa nova em vários aspectos, da 0rquestraçao à duração da faixa.
Com a participação de Tom e Newton tanto na letra como na música, conforme era próprio da parceria, “Meditação” tem a estrutura A1 - A1 - B - A2, com 16 compassos em A e oito em B. O que ressalta na composição são as sofisticadas alterações diatônicas em sílabas como “di” (“quem a-cre-ditou”), “no” (“no amor”), “a” (“e perdeu a paz”), “so” (“o amor, o sor-ri-so”) e “sa” (“se transformam de-pres-sa demais”).
Já a letra, que lançou a expressão “o amor, o sorriso e a flor” — logo vinculada à bossa nova, a princípio positivamente, mais tarde, pejorativamente —, percorre as etapas de uma tradicional história de amor: o sonho inicial, a perda, a solidão, a privação e, por fim, o reencontro como amor verdadeiro.
O enfoque de João Gilberto e o arranjo de Tom Jobim exerceram forte influência no padrão da maioria das gravações que se seguiram, fazendo de “Meditação” (“Meditation”, na versão em inglês) a terceira composição em popularidade na pequena, mas importante, obra da dupla Jobim-Mendonça (A Canção no Tempo - Vol. 2 - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Ed. 34).
LP O Amor Sorriso e a Flor / Título da música: Meditação / Jobim, Tom (Compositor) / Newton Mendonça (Compositor) / Gilberto, João (Intérprete) / Imprenta [S.l.]: Odeon, 1960 / Nº Álbum MOFB 3151 / Lado B / Faixa 1 / Gênero musical: Samba.
A6AºA6
Quem acreditou no amor no sorriso na flor
C#m7F#7(-13)
Então sonhou sonhou
Bm7Dm7
E perdeu a paz
C#m7F#7(-13)
O amor o sorriso e a flor
Bm7E5+
Se transformam depressa demais
A6Aº
Quem no coração
A6
Abrigou a tristeza de ver
C#m7F#7(-13)
Tudo isso se perder
Bm7Dm7
E na solidão
C#m7F#7(-13)
Procurou a caminho a seguir
Bm7E5+
Já descrente de um dia feliz
D7+Dm7
Quem chorou chorou
C#m7CºBm7E5+
E tanto que o seu pranto já secou
A6Aº
Quem depois voltou
A6
Ao amor ao sorriso e a flor
C#m7F#7(b13)
Então tudo encontrou
Bm7Dm7
Pois a própria dor
C#m7F#7(-13)Bm7E7(9b)Am7
Revelou o caminho do amor e a tristeza acabou
Hino Ao Amor (Hymne À L'Amour) - Edith Piaf e Marguerite Monnot - Versão: Odair Marsano - Interpretação: Maysa
LP Maysa É Maysa... É Maysa, É Maysa! / Título da música: Hino Ao Amor (Hymne À L'Amour) / Edith Piaf (Compositora) / Marguerite Monnot (Compositora) / Odair Marsano (Versão) / Maysa (Intérprete) / Gravadora: RGE / Ano: 1959 / Nº Álbum: XRLP 5068 / Lado A / Faixa 4 / Gênero musical: Canção.
G B7 Em G7
Se o azul do céu escurecer
C D7
E a alegria na terra fenecer
G G7 C Cm
Não imp o r t a, querida
G D7
Viverei do nosso amor
G B7 Em G7
Se tu és o sonho dos dias meus
C D7
Se os meus beijos sempre foram teus
G G7 C Cm
Não importa, querida
G D7 G
O amargor das dores desta vida
( Em B7 Em B7 Em
-Um punhado de estrelas no infinito irei buscar
C7 B7
E a teus pés esparramar
Am Em B7 Em
Não importa os amigos, risos, crenças de castigos
C7 B7 D7 )
Quero apenas te adorar
G B7 Em G7
Se o destino então nos separar
C D7
Se a distante a morte te encontrar
G G7 C Cm G D7 G
Não importa, querida / Porque morrerei também
( Em B7 Em B7 Em
Um punhado de estrelas no infinito irei buscar
C7 B7
E a teus pés esparramar
Am Em B7 Em
Não importa os amigos / Risos, crenças de castigos
C7 B7 D7 )
Quero apenas de adorar
G B7 Em G7
Quando enfim a vida terminar
C D7
E dos sonhos nada mais restar
G G7 C Cm
Num milagre supremo
G D7 G Cm G
Deus fará no céu eu te encontrar
Espirituoso e brincalhão, o jornalista Denis Brean (Augusto Duarte Ribeiro), com atuação em vários jornais de São Paulo, seria um dos melhores compositores populares paulistas, cuja produção era gravada regularmente no Rio de Janeiro.
Ostentando em sua bagagem sucessos como "Boogie-woogie na favela" ( 1945 ), "Boogie-woogie do rato" ( 1947) e "Bahia com H" (1948), ele comporia em 1957 o samba-canção "Franqueza", que caiu como uma luva no repertório de Maysa.
Expondo de forma coloquial, sobre uma melodia abolerada, o drama de um amor desfeito ("Você passa por mim e não olha / como coisa que eu fosse ninguém"), com a personagem aceitando a rejeição do parceiro, mas, ao mesmo tempo, ressaltando a sua ingratidão ( "Seus melhores momentos na vida / em meus braços você desfrutou"), "Franqueza" parece até obra da própria Maysa, que na ocasião vivia o retumbante sucesso de sua estréia como cantora e compositora.
Disco 33 1/3 rpm / Título da música: Franqueza / Brean, Denis (Compositor) / Guilherme, Oswaldo (Compositor) / Maysa, 1936-1977 (Intérprete) / Orquestra RGE (Acompanhante) / Puglielli, Rafael (Acompanhante) / Imprenta [S.l.]: RGE, Indefinida / Nº Álbum 15 / Gênero musical: Samba-canção.
G Go
Você passa por mim e não olha
Am D7
Como coisa que fosse ninguém
G Go
Com certeza você já esqueceu
Am D7
Que em meus braços já chorou também
G E7
Eu não ligo, porém, ao seu modo
Am Cm
Isso é próprio de quem é infeliz
G Em
Que mostrar que não sente saudade
A7 D7
De um passado que foi tão feliz
Am D7
Se eu quisesse eu podia dizer
G Go
Tudo, tudo que houve entre nós
Am D7
Mas pra que destruir seu orgulho
G
Se eu até já esqueci sua voz
E7
De uma coisa eu tenho certeza
Am
Foi o tempo que me confirmou
A7 D7
Seus melhores momentos na vida
C D7 G
Nos meus braços você desfrutou
A Canção no Tempo - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Vol. 1 - Editora 34
LP Convite Para Ouvir Maysa Nº 2 / Título da música: Felicidade Infeliz / Maysa (Compositora) / Maysa (Intérprete) / Gravadora: RGE / Ano: 1958 / Nº Álbum: XRLP 5013 / Lado A / Faixa 6 / Gênero musical: Samba-canção.
Felicidade, deves ser bem infeliz Andas sempre tão sozinha Nunca perto de ninguém Felicidade, vamos fazer um trato Mande ao menos teu retrato Pra que eu veja como és
Esteja bem certa porém Que o destino bem cedo fará Com que teu rosto eu Eu vá esquecer Felicidade não chore Que às vezes é bom A gente sofrer
Esteja bem certa porém Que o destino bem cedo fará Com que teu rosto eu Eu vá esquecer Felicidade não chore Que às vezes é bom A gente sofrer
Disco 78 rpm / Título da música: Eu não existo sem você / Jobim, Tom, 1927-1994 (Compositor) / Moraes, Vinicius de, 1913-1980 (Compositor) / Maysa, 1936-1977 (Intérprete) / Matarazzo, Maysa (Intérprete) / Simonetti, Enrico (Acomp.) / Orquestra RGE (Acomp.) / Imprenta [S.l.]: RGE, 1956-1958 / Nº Álbum 10099 / Gênero musical: Samba canção.
Tom: G7+
G7M E7/9-
Eu sei e você sabe,
Am7 C/D
já que a vida quis assim
Am7 D7/9-
Que nada nesse mundo
G7M G6
levará você de mim
C#m5-/7 F#7/A#
Eu sei e você sabe
Bm7 E7/9
que a distância não existe
Am7 D7/9-
Que todo grande amor
G7M E7/9-
só é bem grande se for triste
Am7 Cm7 Bm7 E7/9-
Por isso, meu amor, não tenha medo de sofrer
Am7 D7/9- G7M C/D
Pois todos os caminhos me encaminham prá você
G7M E7/9- Am7 C/D
Assim como o oceano só é belo com o luar
Am7 D7/9- G7M G6
Assim como a canção só tem razão se se cantar
C#m5-/7 F#7/A# Bm7 E7/9
Assim como uma nuvem só acontece se chover
Am7 D7/9- G7M E7/9-
Assim como o poeta só é grande se sofrer
Am7 Cm7 Bm7 E7/9-
Assim como viver sem ter amor não é viver
Am7 D7/9- G7M
Não há você sem mim e eu não existo sem você
Disco 78 rpm / Título da música: Estou pensando em ti / Sampaio, Raul (Compositor) / Santos, Benil (Compositor) / Silva, Anísio (Intérprete) /
Imprenta [S.l.]: Odeon, 1960 / Nº Álbum 14637 / Lado A / Gênero musical: Bolero.
G Gº G
Estou pensando em ti chorando
G#º
E num lamento lá fora o vento
Am7 E7
Chora comigo
Am7 D
Estou pensando em ti chorando
D
Anjo divino, que o meu destino
G Em Am D
Modificou
G Gº G
Estou pensando em ti chorando
Dm G7
Abro a janela a noite é bela
C C#º
Mas que me importa
C C#º G Em
Estou pensando em ti chorando tanto
Am
Onde te encontras
D G
Hás de sentir a mágoa do meu pranto
G Gº G
Estou pensando em ti chorando
Dm G7
Abro a janela a noite é bela
C C#º
Mas que me importa
C C#º G Em
Estou pensando em ti chorando tanto
Am
Onde te encontras
D G
Hás de sentir a mágoa do meu pranto
C Cm G G7M/6
Estou pensando em ti ......
LP Convite Para Ouvir Maysa Nº 2 / Título da música: Diplomacia / Maysa (Compositora) / Maysa (Intérprete) / Gravadora: RGE / Ano: 1958 / Nº Álbum: XRLP 5013 / Lado B / Faixa 6 / Gênero musical: Samba-canção.
Pouco importa a razão da verdade Que impede a felicidade De morar no meu coração Pouco importa se tudo hoje em dia Se baseia na diplomacia Que semeia a desunião
Se é preciso ouvir toda gente Que só diz aquilo que não sente Que faz pouco da minha aflição Pouco importa a razão da verdade Que impede a felicidade De morar no meu coração
Se é preciso ouvir toda gente Que só diz aquilo que não sente Que faz pouco da minha aflição Pouco importa a razão da verdade Que impede a felicidade De morar no meu coração
Comuns na música americana, especialmente em shows da Broadway, as canções que apresentam um recitativo (verse, em inglês) precedendo a primeira parte são raras na música brasileira. Incluem-se nessa categoria alguns sambas-exaltação, valsas e sambas-canção como “Ponto Final”, sucesso de Dick Farney.
Curiosamente, o esquema é utilizado por compositores da bossa nova como Carlos Lyra (“Maria Ninguém”, “Sabe Você”) e Tom Jobim (“Se Todos Fossem Iguais a Você”, “Desafinado”, “Dindi”), embora em algumas dessas canções o prólogo seja desprezado pela maioria dos intérpretes — “Desafinado”, por exemplo, poucas vezes foi gravado na íntegra, constituindo exceções os registros de Jobim nos álbuns Terra brasilis e Tom Jobim inédito.
Em “Dindi”, porém, o recitativo cantado ad libitum, como convém, está presente em quase todas as gravações: “Céu, tão grande é o céu / e bandos de nuvens que passam ligeiras / para onde elas vão / (...) / contando as histórias que são de ninguém / mas que são minhas / e de você também..” Seguem-se o estribilho (“Ai, Dindi / se soubesses do bem que eu te quero.”) e a estrofe (“E as águas deste Rio / onde vão, eu não sei / a minha vida inteira / esperei... esperei...”). Geralmente, os recitativos são compostos no modo menor, abrindo para a relativa maior no estribilho, como ocorre em “Dindi” lá menor, dó maior e mi menor são, respectivamente, as tonalidades do recitativo, do estribilho e da estrofe.
Sylvia Telles, a própria “Dindi” da canção cuja letra é assinada por seu futuro marido, Aloysio de Oliveira, foi a lançadora, responsável pelo sucesso inicial da canção. Esta gravação, realizada para o elepê Amor de gente moça (outubro de 59), tem preciosa orquestração de Lindolfo Gaya, com a harpa sugerindo “as nuvens que passam” e a trompa “o vento que fala nas folhas”.
Fervorosa, envolvente, ela não seria igualada nem pela mesma Silvinha nas três vezes em que a regravou: nos elepês Amor em hi-fi (1960), Reencontro, com o Tamba Trio (1966) e, finalmente, um mês antes de sua morte num acidente automobilístico, no disco gravado ao vivo, em Berlim, com o acompanhamento da violonista Rosinha de Valença. (A Canção no Tempo - Vol.2 - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34).
LP Amor de gente moça / Título da música: Dindi / Oliveira, Aloysio de (Compositor) / Tom Jobim (Compositor) / Telles, Sylvia (Intérprete) / Imprenta [S.l.]: Odeon, 1959 / Nº Álbum MOFB 3084 / Lado A / Faixa 1 / Gênero musical: Samba-canção.
Intro: C7+C7MBb7M
Céu, tão grande é o céu
C7MBb7M
E bandos de nuvens que passam ligeiras
A7MC#m7F#mBm7E7/5+
Prá onde elas vão, ah, eu não sei, não sei
C7MBb7M
E o vento que fala das folhas
C7MBb7M
Contando as histórias que são de ninguém
A7MC#m7F#mBm7E7/5+
Mas que são minhas e de você também
C7MBb7M
Ai, Dindí
C7MGm7
Se soubesses o bem que eu te quero
F#7/5-F7MF#ºBb7/9C7MBb7M
O mundo seria, Dindí, tudo, Dindí, lindo, Dindí
C7MBb7M
Ai, Dindí
C7MAm7G#m7Gm7F#7/5-F7MF#º
Se um dia você for embora me leva contigo, Dindí
Bb7/9C7MAm7F#m7/5-B7
Olha, Dindí, fica, Dindí
EmF#m7/5-B7
E as águas desse rio
Em/GF#m7/5-B7EmA7
Onde vão, eu não sei
Dm7A/GDm/FDm7G7C7MBb7M
A minha vida inteira, esperei, esperei por vo...cê, Dindí
C7MGm7
Que é a coisa mais linda que existe
F#7/5-F7MF#º
É você não existe, Dindí
Bb7/9C7MDm7Bb7M
Olha, Dindí, adivinha, Dindí
Compacto simples / Título da música: Dia das rosas / Luiz Bonfá (Compositor) / Maria Helena Toledo (Compositor) / Sônia Delfino / Gravadora: RGE / Ano: 1966 / Álbum: CS-70236 / Lado B / Marcha-rancho.
Hoje é dia das rosas
Que enfeitam formosas
Amores se unindo
Num lindo jardim
Porque o berço da flor
Vem do encanto de nós
Que nascemos de nós
E vivemos de amor
Ah! que tristeza viver sem amor
Ah! que certeza do amor
Nossas mãos, mãos tao sozinhas
Não sabem o que querem
Porque nao procuram saber de você
Rogo em nome das flores
Irmãs dos jardins
Eu proclamo voce
A rainha de nós
E em todas as cores
Você foi capaz
De trazer pra essa gente
Um mundo de paz
A obra de Fernando Lobo - ex-violinista da legendária Jazz Band Acadêmica de Pernambuco - pertence a uma fase importante da música brasileira, a fase dos sambas-canção de mesa de bar.
Renomado cronista do Rio, Fernando e seus companheiros de boemia, como Ary Barroso e Antônio Maria, colheram inspiração para muitas de suas músicas na efervescente vida noturna que levavam.
Essa vivência boêmia era, pode-se dizer, um prolongamento das atividades jornalísticas, suas e de outras figuras da noite, como Sérgio Porto, Rubem Braga, Paulo Mendes Campos e Lúcio Rangel. "Chuvas de Verão" reflete esse clima de confissões que prolongavam ou encerravam romances iniciados no ambiente das boates.
Lançada por Francisco Alves em 1949, talvez jamais se tornasse um clássico (isso era reconhecido pelo próprio Fernando), não fora a versão de Caetano Veloso, quase vinte anos depois. Naturalmente, a beleza da composição sempre existiu, mas Caetano soube aproveitar melhor o clima do rompimento amoroso, com uma delicadeza de tratamento que faltou à gravação original. Composta no modo menor (uma característica dos frevos-de-bloco do Recife, onde nasceu o autor), a canção tem seu momento culminante no verso que repete o título, definindo com lirismo e precisão a transitoriedade dos romances de ocasião.
Disco 78 rpm / Título: Chuvas de verão / Autoria: Lobo, Fernando, 1915-1996 (Compositor) / Alves, Francisco (Intérprete) / Panicali, Lírio (Acompanhante) / Orquestra Odeon (Acompanhante) / Imprenta [S.l.]: Odeon, 17/08/1948 / Nº Álbum 12923 / Gênero: Samba canção
Dm Dm7 Bb7 A7
Podemos ser amigos simplesmente
Bb7 A7 Dm Bb7 A7
Coisas do amor, nunca mais
Dm Dm/C Am
Amores do passado, no presente
E7 A7
Repetem velhos temas tão banais
Dm Dm/C Bb7
Ressentimentos passam como o vento
A7
São coisas do momento
Am D7
São chuvas de verão
Am7 D7 Gm
Trazer uma aflição dentro do peito
C7 F
É dar vida a um defeito
E7 A7 Dm
Que se extingue com a razão
C7
Estranha no meu peito
F
Estranha na minha alma
C7
Agora eu tenho calma
F A7
Não te desejo mais . . . .
Dm Dm/C Bb7
Podemos ser amigos, simplesmente
Gm A7 Dm
Amigos, simplesmente e nada mais.
Fonte: A Canção no Tempo - Vol. 1 - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34.
Disco 78 rpm / Título da música: Cheiro de saudade / Ferreira, Djalma (Compositor) / Luiz Antônio (Compositor) / Maysa, 1936-1977 (Intérprete) / Orquestra RGE (Acompanhante) / Simonetti (Acompanhante) / Imprenta [S.l.]: RGE, Indefinida / Nº Álbum 10238 / Gênero musical: Samba
Tom: C
Introdução: C7M Dm7 G7
C7M Dm7 G7
É aquele cheiro de saudade
C7M Em5-/7 A7
Que me traz você, a cada instante
Dm7 G7
Folhas de saudade
C7M Am7
Mortas pelo chão
D7 Dm7 G7/13-
É o outono enfim, no coração
C7M Dm7 G7
É talvez que é tempo de saudade
C7M Em5-/7 A7
Trago o peito tão carregadinho
Dm7 G7
Sofro, de verdade
C7M Am7
Fruto da saudade
Am7 D7 G7 C6/9
Sem o teu carinho
Gm7 C7/9
Quem semeia ventos
F7M
Colhe tempestade
Fm7 Bb7
Quem planta amor
Eb7M G7
Colhe saudade
C7M Dm7 G7
É talvez que é tempo de saudade
C7M Em5-/7 A7
Trago o peito tão carregadinho
Dm7 G7
Sofro, de verdade,
C7M Am7
Fruto da saudade
Am7 D7 G7 C6/9 F7 C6/9
Sem o teu carinho
Dm7
Bom dia tristeza
Em5-/7 A7 Dm7
Que tarde tristeza
Em5-/7
Você veio hoje me ver
A7 Em5-/7 A7 Em5-/7 A7
Já estava ficando até meio triste
Em5-/7 A7 Dm7 D7
De estar tanto tempo longe de você
Gm7
Se chegue tristeza
C7 F7
Se sente comigo
Bb7 A7 Am5-/7
Aqui nesta mesa de bar
D7 Gm7
Beba do meu copo
A7 Dm7
Me dê o seu ombro
E7 A7
Que é para eu chorar
Em5-/7
Chorar de tristeza
A7 Dm7
Tristeza de amar
Em contrapartida à bossa nova de João Gilberto, fez grande sucesso o intimismo melancólico do também baiano Anísio Silva. Com seu timbre anasalado, ele seria figura assídua nas paradas de sucesso, entre 1958 e 63, sempre interpretando músicas românticas como “Alguém Me Disse”: “Alguém me disse que tu andas novamente / de novo amor, nova paixão, toda contente...”.
O curioso é que Anísio, até então um modesto balconista de farmácia, conheceu o sucesso aos 37 anos, depois de inúmeras tentativas frustradas de seguir uma carreira artística. O êxito de “Alguém Me Disse” influiu decisivamente no trabalho de seus autores, Evaldo Gouveia e Jair Amorim, que faziam sambas-canção e passaram a compor quase exclusivamente boleros (A Canção no Tempo - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Vol. 2 - Ed. 34).
Bm
Alguém me disse
Em Bm F#7
Que tu andas novamente
Bm Em
De novo amor, nova paixão
Bm B7
Toda contente
Em A7
Conheço bem tuas promessas
D Bm
Outras ouvi iguais a essas
G G6
E esse teu jeito de enganar
F#7
Conheço bem
Bm
Pouco me importa
Em Bm G F#7
Que te vejam tantas vezes
Bm Em
E que tu mudes de paixão
Bm B7
Todos os meses
Em F#/Bb
Se vais beijar, como eu bem sei
D Bm
Fazer sonhar, como eu sonhei
G
Mas sem ter nunca
F#7 G F#7 Bm
Amor igual ao que eu te dei.