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Fernando Lobo |
Renomado cronista do Rio, Fernando e seus companheiros de boemia, como Ary Barroso e Antônio Maria, colheram inspiração para muitas de suas músicas na efervescente vida noturna que levavam.
Essa vivência boêmia era, pode-se dizer, um prolongamento das atividades jornalísticas, suas e de outras figuras da noite, como Sérgio Porto, Rubem Braga, Paulo Mendes Campos e Lúcio Rangel. "Chuvas de Verão" reflete esse clima de confissões que prolongavam ou encerravam romances iniciados no ambiente das boates.
Essa vivência boêmia era, pode-se dizer, um prolongamento das atividades jornalísticas, suas e de outras figuras da noite, como Sérgio Porto, Rubem Braga, Paulo Mendes Campos e Lúcio Rangel. "Chuvas de Verão" reflete esse clima de confissões que prolongavam ou encerravam romances iniciados no ambiente das boates.
Lançada por Francisco Alves em 1949, talvez jamais se tornasse um clássico (isso era reconhecido pelo próprio Fernando), não fora a versão de Caetano Veloso, quase vinte anos depois. Naturalmente, a beleza da composição sempre existiu, mas Caetano soube aproveitar melhor o clima do rompimento amoroso, com uma delicadeza de tratamento que faltou à gravação original. Composta no modo menor (uma característica dos frevos-de-bloco do Recife, onde nasceu o autor), a canção tem seu momento culminante no verso que repete o título, definindo com lirismo e precisão a transitoriedade dos romances de ocasião.
Chuvas de verão (samba, 1949) - Fernando Lobo
Disco 78 rpm / Título: Chuvas de verão / Autoria: Lobo, Fernando, 1915-1996 (Compositor) / Alves, Francisco (Intérprete) / Panicali, Lírio (Acompanhante) / Orquestra Odeon (Acompanhante) / Imprenta [S.l.]: Odeon, 17/08/1948 / Nº Álbum 12923 / Gênero: Samba canção
Dm Dm7 Bb7 A7 Podemos ser amigos simplesmente Bb7 A7 Dm Bb7 A7 Coisas do amor, nunca mais Dm Dm/C Am Amores do passado, no presente E7 A7 Repetem velhos temas tão banais
Dm Dm/C Bb7 Ressentimentos passam como o vento A7 São coisas do momento Am D7 São chuvas de verão Am7 D7 Gm Trazer uma aflição dentro do peito C7 F É dar vida a um defeito E7 A7 Dm Que se extingue com a razão
C7 Estranha no meu peito F Estranha na minha alma C7 Agora eu tenho calma F A7 Não te desejo mais . . . . Dm Dm/C Bb7 Podemos ser amigos, simplesmente Gm A7 Dm Amigos, simplesmente e nada mais.
Fonte: A Canção no Tempo - Vol. 1 - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34.
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