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sexta-feira, 23 de setembro de 2022

Maria Bethânia: Ciclo

Álbum que surgiu na “contramão” do som eletrônico dos anos de 1980: No início dos anos de 1980 muitos artistas internacionais e até mesmo nacionais precisaram praticamente se reciclar para se manter no topo das paradas musicais, principalmente no quesito “sonoridade”, já que as batidas eletrônicas eram o “modismo” da época. Nomes de destaque da música, como, David Bowie, Queen, Peter Gabriel, Genesis, América e até mesmo alguns “brazucas” tiveram que mudar os conceitos. Gilberto Gil, Chico Buarque, Caetano Veloso, Djavan e outros nomes também se adequaram a nova sonoridade que se propagava com Paralamas do Sucesso, Legião Urbana, Blitz, Kid Abelha, Lulu Santos e outros. Todavia, Maria Bethânia, uma das destacáveis artistas da MPB nadando contra a corrente e na contramão dos modismos lançou “Ciclo” em 1983. O álbum que traz grandes clássicos da música, foi o “primeiro registro de um acústico no país” e mesmo não estando nos moldes da época, vendeu 400 mil cópias e ganhou um disco de platina. Além disso, se tornou uma das obras preferidas da própria cantora.

Na canção que intitula o álbum, Maria Bethânia mais uma vez transpõe todo a sua interpretação na música de “Caetano Veloso e Nestor De Oliveira”. “Passa o tempo e a vida passa. E eu, de alma ingênua, acredito. No sonho doce infinito. Plenitude, enlevo e graça. Que sem tortura ou revolta. Estou cantando ao luar. Vamos dar a meia-volta. Volta e meia vamos dar. Depois a estrada poeirenta. Os pés sangrando em pedrouços. E apaziguando alvoroços. A alma intranquila e sedenta. Murchessem todas as flores. A correnteza das horas. As trevas sobre as auroras. Os derradeiros amores” (Fonte: Cultura BH)

Ciclo (1983) - Caetano Veloso - Intérprete: Maria Bethânia

LP Ciclo / Título da música: Ciclo / Caetano Veloso (Compositor) / Nestor de Oliveira (Compositor) / Maria Bethânia (Intérprete) / Gravadora: Polygram / Ano: 1983 / Nº Álbum: 814 855-1 / Lado B / Faixa 1.


Em7                    F#m5-/7
Passa o tempo e a vida passa, 
                           Em
  e eu de alma ingênua acredito
     Am7           Em7      F#m5-/7    B7       Em
Num sonho doce, infinito, plenitude, enlevo e graça
     D7   D/C         G/B    D7      D/C      G/B
Que sem tortura ou revolta estou cantando ao luar
      F#m5-/7 B7   Em       F#m5-/7    B7   Em  Ebm7
Vamos dar a meia volta, volta e meia vamos dar
                    Fm5-/7     Bb7                Ebm7
Depois a estrada poeirenta, os pés sangrando em pedrouços
  Abm7            Ebm      Fm5-/7   Bb7        Ebm7
E apaziguando alvoroços a alma intranquila e sedenta
   Db7                Gb7+      Db7             Gb7+
Murchessem todas as flores e a correnteza das horas
    Fm5-/7 Bb7        Ebm7        m5-/7  Bb7   Ebm7
As trevas sobre as auroras, e os derradeiros amores
                   Fm5-/7       Bb7              Ebm7
Recordo o passado inteiro e as voltas que o mundo dá
      Abm7         Ebm7     Fm5-/7  Bb7  Ebm7
Meu limão, meu limoeiro, meu pé de jacarandá
    Db7              Gb7+       Db7             Gb7+
E aquele ao léu do destino que inspirou tanto louvor
 Fm5-/7   Bb7  Ebm7  Fm5-/7         Ebm7
Cajueiro pequenino carregadinho de flor
                        Fm5-/7       Bb7      Ebm7
Passa o tempo e eu fico mudo, ontem ainda a ciranda
    Abm7              Ebm7   Fm5-/7   Bb7    Ebm7
Vida à toa, a trova branda agora envolvendo tudo
  Db7                Gb7+    Db7               Gb7+
O vale nativo, os combros, várzea, montanha, leveza
Fm5-/7 Bb7         Ebm7    Fm5-/7    Bb7      Ebm7  Em7
Essa poeira de escombros de que se nutre a tristeza
                  F#m5-/7      B7            Em7
Velho, recordo o menino, que resta de mim, sei lá
  Am7       Em7       F#m5-/7     Em
Cajueiro pequenino, meu pé de jacarandá

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